terça-feira, 26 de novembro de 2019

CRISE DE ANSIEDADE: COMO AGIR PARA AMENIZAR?

Crise de ansiedade ou ataque de pânico é o momento em que os sintomas da ansiedade se manifestam de forma abrupta e intensa, caracterizados principalmente por taquicardia, respiração irregular, medo e tremores no corpo.
Na maioria das vezes, quem sofre de crise de ansiedade já possui um histórico de ansiedade generalizada ou síndrome do pânico, resultando no descontrole das emoções e da respiração diante de alguma situação de estresse ou traumática.
O que é crise de ansiedade?
É comum se sentir ansioso em diversas situações cotidianas, como na expectativa para algum encontro, na preparação de um trabalho importante ou no recebimento de alguma notícia. Entretanto, quando isso se torna frequente ao ponto de dificultar tarefas diárias, a ansiedade deixa de ser uma característica para se tornar um transtorno.
Cerca de 20 milhões de brasileiros sofrem de algum transtorno de ansiedade. Na maioria das vezes os quadros de ansiedade começam na infância ou na adolescência, mas pode começar na idade adulta. O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é considerado patológico, comprometendo a saúde física e emocional. As preocupações e medos passam a se tornar constantes e irreais, ultrapassando os perigos verdadeiros.

Como controlar a crise de ansiedade?

Passar por uma crise não é nada fácil e pode ser extremamente amedrontador. Para quem passa por ataques constantes ou convive com pessoas que têm episódios de crise, é fundamental conhecer formas de aliviar os sintomas e acalmar o paciente até que ela se dissipe. Seguem algumas orientações que podem ajudar nesse sentido:

1. Desvie a atenção dos sintomas

Um dos principais motivos para que a crise de ansiedade se torne mais intensa é começar a se preocupar ainda mais ao pensar nos sintomas que estão surgindo. A dor no peito começa a parecer como um infarto e isso vai gerando ainda mais medo, acelerando o coração e aumentando o impacto. É fundamental desviar a atenção dos sintomas e focar em uma atividade específica, como o controle da respiração.

2. Diminua o ritmo da respiração


Assistir nosso peito subindo e descendo rapidamente pode se tornar desesperador. Durante uma crise, começamos a respirar rápido demais, causando hiperventilação.
Nesses casos, é primordial inspirar e expirar lenta e profundamente, a fim de diminuir o estresse e fornecer mais oxigênio ao cérebro, aumentando a concentração. Isso diminui a sensação de asfixia e incapacidade de respirar.
Quando notar que uma crise se aproxima, segure a respiração, coloque uma mão sobre a barriga e a outra sobre o peito e comece a respirar devagar, utilizando o diafragma. Inspire pelo nariz, segure a respiração por três segundos e expire pela boca lentamente. Você deve sentir o abdômen subindo e descendo. Mantenha esse ritmo de respiração até sentir relaxamento muscular e clareza de pensamento.

3. Relaxe os músculos

A tendência imediata de uma pessoa passando por um ataque de ansiedade é de contrair os músculos como forma de defesa, entretanto essa contração acaba trazendo mais dores e desconforto, intensificando a sensação de peso. Depois que a respiração estiver controlada, procure iniciar o processo de relaxamento muscular. Volte a sua atenção para os músculos, relaxando um por vez a partir da expiração. Comece com a cabeça e o pescoço e passe para as áreas mais afetadas pelo estresse, como o maxilar, boca, nuca e ombros.

4. Se distraia

Outra atividade comum durante uma crise é passar um turbilhão de pensamentos pela cabeça, causando uma sobrecarga emocional. A descarga de adrenalina desperta nosso sistema nervoso e deixa a mente alerta. A saída para isso é diminuir o ritmo dos pensamentos criando distrações externas a ele. Se estiver com alguém conhecido, tente começar uma conversa e prestar atenção somente nela. Se estiver sozinho, tente contar de 1 a 10 repetidas vezes, cantar uma música, recitar uma história, fazer listas ou qualquer outra atividade mental que te tire do problema.

5. Use a imaginação guiada

Pense em um lugar que você se sinta em paz e relaxado. Enquanto pensa nesse lugar, continue adicionando detalhes à cena. Foque toda a sua mente no campo da imaginação. Esse tipo de atividade é muito eficiente para desligar sua mente dos sintomas da ansiedade e acalmar a respiração.

Como tratar a ansiedade?

Quando uma crise de ansiedade ou ataque de pânico acontece, a melhor forma de tratamento é entrar em contato diretamente com um psicólogo ou psiquiatra. Se forem muito graves e durarem muito tempo, é  fundamental que um profissional especializado em saúde mental seja contactado.
As crises podem ser sinais de outros transtornos como a síndrome do pânico ou transtorno de ansiedade generalizada. Um dos tratamentos mais comuns e eficazes é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC). Este tipo de terapia é focada no ensino de como identificar e substituir modos negativos de pensar e reagir a situações. Você aprende a reconhecer quando os pensamentos não condizem com os fatos e quais são as maneiras úteis de pensar e reagir. Em alguns casos, o médico ou psiquiatra pode receitar medicações que controlam a ansiedade se outros métodos não tiverem dado resultados aparentes.

 Boa sorte amigos leitores

PORQUE ALGUMAS PESSOAS TEM O HABITO DE ROER UNHAS?

Estudos apontam que aproximadamente 30% da população mundial têm o hábito de roer unhas. Isso significa que mais ou menos 2,2 bilhões de pessoas roem as próprias unhas.

Muitas pesquisas e teorias psicanalíticas tentam explicar a causa deste hábito que, social e/ou esteticamente, não é muito bem aceito. 

Existe  a hipótese de que haja um forte componente genético, posto que 1/3 dos familiares das pessoas que roem unhas também o fazem. Este hábito é, inclusive, muito comum entre gêmeos. Mas não há, ainda, nenhuma comprovação científica a este respeito.

Tenta-se também definir as características psicoemocionais de quem costuma roer as unhas. Pode ser uma manifestação de grande ansiedade ou medo, insegurança, fome, timidez ou tédio. Muitos começam a roer as unhas quando estão concentrados  em uma  atividade e/ou quando tem que realizar uma tarefa difícil.

Há quem diga que o hábito de roer as unhas tem efeito relaxante e, portanto, serve para descarregar tensões.

Um estudo recente publicado em uma importante revista de psiquiatria apontou que, na linha oposta do que se imagina, o que move a onicofagia ( que é o hábito de roer as unhas) não é a tensão ou ansiedade e sim uma personalidade perfeccionista. Segundo o estudo, portanto,  quem tem o hábito de roer as unhas são em geral pessoas  perfeccionistas.

Unhas são as nossas “garras”. Animais utilizam as garras para se defender. Portanto, alguns estudiosos consideram que roer unhas é uma forma de auto repressão.  

Fato é que ainda são necessários mais estudos para entender as razões pelas quais as pessoas roem as próprias unhas e muitas vezes arrancam as cutículas ou a pele ao redor das unhas com os dentes, causando uma situação clínica conhecida como paroníquia crônica que, por sua vez, caracteriza-se por vermelhidão, inchaço e infecção ao redor dos dedos. Importante saber que a paroníquia crônica  pode efetivamente  prejudicar o crescimento saudável das unhas, tornando a aparência das mãos esteticamente questionável.

Como parar de roer unhas?

Esta é a grande questão. Pode parecer óbvio mas o primeiro passo é efetivamente querer parar. Esta é a decisão mais difícil, que pode, inclusive, necessitar da ajuda profissional de um terapeuta para ser concretizada. 

Depois deste grande passo, há inúmeros artefatos que podem ajudar: mascar chiclete, passar esmaltes com substâncias amargas, colocar unhas postiças, arrumar alguns objetos como bolinhas de borracha, por exemplo, para manter as mãos em movimento ou pintar as unhas e passar a ter por elas um cuidado muito especial.

Decidir – com firmeza- parar um hábito que incomoda é o primeiro e muitas vezes o único passo que precisa ser dado. Mas como é difícil!