segunda-feira, 30 de julho de 2012

REFLITA! QUAL A INFLUÊNCIA DO MEDO EM NOSSAS ATITUDES?

Ao alimentar a sua atenção em algo, na verdade está acrescentando a ele mais força e poder.

A nossa lógica vivencial é a nossa grande gestora do nosso medo. Ela gerencia a maneira que iremos interagir com a vida.

O medo pode se tornar uma força paralisante e muito incômoda e nos impedir de atingir os nossos propósitos e objetivos de vida.
Nada exaure mais a nossa energia vital do que o medo de viver, de perder, de sofrer, de amar.

Falar sobre a força do medo é interessante pois podemos vê-la sobre dois aspectos:
Um positivo, instintivo, ligado à sobrevivência, que tem como motivador a precaução que consiste em evitar um perigo real, enfrentando-o.
Embora haja perigo, na precaução, buscam-se soluções alternativas dentro de uma realidade concreta, sem deixarmos de fazer o que precisa ser feito.

  O outro, negativo, ligado à imaginação, que tem como motivador a preocupação, que é um estado emocional desagradável e apreensivo, suscitado pela suspeita ou previsão de um perigo para a integridade da pessoa ou de terceiro.
A pessoa acha que poderá acontecer alguma coisa, se fizer ou deixar de fazer algo.
É, em suma, um perigo notado somente por ela e não pela maioria das pessoas.
A pessoa cria um perigo e busca uma solução, um controle, um agir, antes que tal mal venha a acontecer.

A preocupação pode ser representada de duas maneiras:

Uma subjetiva, eu com eu; crio uma situação imaginária de perigo e com medo que ela aconteça, fujo dela. Temos as fobias, a síndrome do pânico.
A outra cultural, onde se preocupar com o outro é sinal de amor.
Aqui, não importa o que o outro pense e sim o que a pessoa pensa. É ela quem cria os perigos imaginários para o outro e passa exigir dele que faça o que ela quer que faça, para que tudo fique bem para si, sem levar em conta o desejo do outro.

A mãe procura convencer o filho a não ir a festa porque pode ........ Fica bom para quem? Quanto amor? Sacou?

Repense:
Desde quando que pensar nas piores possibilidades é sinal de amor. Segundo a lei da atração, você atrai o que pensa, logo, em vez de proteger, está dando força para o pior.
Por que será que só nos pré - ocupamos com as possibilidades negativas?

Características da Preocupação:

? São hipóteses "soluçonáuticas", criadas através da ilusão que damos vida, antes que um fato real tenha acontecido, nos obrigando a acreditar, aceitar e viver essas hipóteses como verdadeiras e não como fruto da nossa imaginação. Procurando transformar algo hipotético em real.
? É o poder construído através da nossa submissão a nossa ilusão. Criamos uma realidade em função de uma lógica vivencial irracional, nos tornando prisioneiros dela como se fossem reais. Usamos a nossa racionalidade de modo irracional.
? Cuidado, ao submetermos a ela, além de perdemos o nosso senso de realidade, não conseguindo mais separar o real do ilusório, precaução de preocupação; perdemos também os nossos auto-apoios, nos tornando vulneráveis a nós mesmos.
? O pior de tudo. Deixamos de lutar pelo nosso melhor com o medo de sermos destruídos; por essa senhora toda poderosa, gerado pela nossa imaginação, passando a ter medo de enfrentá-la, achando melhor nos submetermos, para evitar um mal maior ou até ser destruído ou punido por ela.
? Ao perdemos a ousadia, a coragem de confrontar essa realidade ilusória, irracional,deixamos de ter uma ferramenta que nos permitiria comprovar se é falsa ou verdadeira, acabando nos submetendo a ela, sem nenhum prova vivencial da sua veracidade; não pagamos para ver.

Logo, por medo de ter medo, nos submetemos ao medo. Eu me proíbo de...., eu me proíbo de fazer...., eu me proíbo de ser....., etc, para não ser punido por essa força imaginativa, me torno serviçal dela.
Nego a minha força interior, nego a minha alma, nego a minha capacidade de superação, etc. Não vejo saída, não tenho escolha, me ponho prisioneiro dessa ilusão.
Cuidado, a ilusão é uma força real e verdadeira em si mesma. Ela diz sim a si mesma. Compete a nós, ficar consciente de si mesmo que é uma das formas de trazer e manter a nossa mente no momento vivencial presente.
Logo, é importante avaliar cada momento vivencial no seu momento, deixar que ocorra primeiro para encontrar as soluções adequadas a ele.
É hora de acordar!
Esse medo imaginativo nos cega de nós mesmos, não nos deixa assumir o que somos, inibe o nosso auto-apoio, deixamos de ser o nosso centro, sendo esta uma das causas da depressão e da síndrome do pânico.
Interessante, na preocupação o medo passa a ser comandado pela nossa imaginação e não pelo perigo externo.
Felizmente, os pactos feitos através da imaginação são demasiados fracos, para nos obrigarem a cumpri-los pelo resto da nossa vida, logo depende de nós reformular esses pactos com nós mesmos.

Pense:
Um dos grandes desafios da vida está no poder do achar, se acho que sou...e acredito, me torno o que acho que sou.

Quer você ache que pode, quer que ache que não pode, de um jeito ou de outro, você estará certo. Mais está feliz?

Reflita:
A nossa consciência não é digna de fé cega. A lógica da consciência muitas vezes é ilógica, não corresponde a realidade. A consciência nem sempre é sinônimo de realidade.

O fato de pensar que sou de um jeito, não significa que eu seja desse jeito.
O fato de comportar-se de um jeito, não significa que eu seja desse jeito.
O fato de justificar uma atitude, não significa que ela seja boa para mim.

Entre o pensar que sou e ser o que sou, existe uma grande diferença.

Acredite:
"Todo o seu conflito é você que o alimenta".

É você que constrói as suas próprias barreiras.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

INTERESSANTE! Controle sua mente e livre-se dos maus pensamentos

Nossa mente é como um aparelho de rádio que recebe todas as espécies de mensagens através das ondas do rádio. Nossos pensamentos são como mensagens radiofônicas, transmitidos através do éter, captados e transmitidos de pessoa a pessoa.

O pensamento é uma força sutil e dinâmica. A velocidade do pensamento é muito maior que a da luz e ele se propaga instantaneamente. Tem um poder muito grande e é contagiante.

Uma pessoa equilibrada difunde ao seu redor pensamentos de harmonia que entram nas mentes de outras pessoas e produzem sentimentos de paz e harmonia. Em contraste com isto, uma mente negativa com raiva, inveja transmite esses pensamentos negativos que entram em outras mentes, produzindo pensamentos e sentimentos de violência e conflitos.

A lei "os semelhantes exercem mútua atração" funciona também no mundo do pensamento. O semelhante atrai o semelhante. Você rejeita e absorve os pensamentos de acordo com seu mundo interno. Se você está positivo, assimila pensamentos positivos, de prosperidade, alegria. Se estiver negativo, sua mente é receptiva às vibrações negativas e assimila pensamentos de medos, tristeza, raiva, inquietação.

Assim como você exercita seu corpo fazendo caminhadas, ginástica, esportes, para manter a saúde física, você precisa manter a saúde mental pela recepção de ondas corretas de pensamento. Precisa mudar sua atitude interior, aprender a relaxar, a apaziguar corpo e mente e cultivar pensamentos bons e positivos.

A saúde do corpo começa na mente. Todo pensamento é transmitido às células e exerce influência sobre o corpo. Se na mente existir emoções e pensamentos negativos, eles serão transmitidos através dos nervos para cada célula do corpo. A tristeza na mente enfraquece o corpo. As células que atuam como soldados defendendo o corpo, se enfraquecem, tornando-se ineficientes. Isto diminui a força vital e produz a doença.

O sorriso envia para o cérebro uma mensagem que tudo está bem. Isto aumenta a serotonina no cérebro produzindo um estado de bem-estar e seu sistema imunológico fica mais forte. Sorria. Confie, ria, celebre a vida com um coração agradecido.
Aprenda a observar a sua mente

Comece a observar atentamente como vários pensamentos inúteis, de preocupação, do passado ou do futuro surgem em sua mente e fogem de seu controle. Um pensamento conduz a outro e você vai se tornando agitado. Observe como se torna tenso quando se deixa envolver por estes pensamentos. Você fica remoendo mágoas, reproduzindo mentalmente cenas conflitantes e gerando assim raiva e sofrimentos inúteis.

Perceba o que acontece em sua mente antes destes pensamentos formarem estas ondas negativas trazendo aflições e ansiedade. Quando detectar isto, diga para você mesmo:

"Olha eu aí de novo... Olha eu alimentando isto de novo".

"Para que pensar isto e causar sofrimento para mim? Isto é mente negativa".


E deste modo, corte o mal pela raiz. Este método é infalível. Quando a mente perceber que está sendo observada, que agora tem alguém no comando, ela vai se tornando menos resistente, mais dócil e se torna mais fácil controlá-la.

Antes de sua mente disparar com tantos pensamentos, pare com esta inquietação. Procure se concentrar no que está fazendo. Converse com sua mente. Explique a ela que no momento certo você fará o que tem de ser feito, que tudo acontece para melhor. Acredite em você e na sua mente positiva que é sua verdadeira amiga.

Não permita que a mente permaneça nos velhos sulcos, nos antigos padrões mentais e hábitos antigos de pensamentos. Pratique a vigilância. Mantenha-se alerta. Compreenda que você pode afastar os pensamentos desnecessários, negativos, de irritação, de tristeza, de medos. Cultive pensamentos proveitosos, benéficos e úteis. Aprenda a estar presente no momento presente.

Comece a praticar isto agora mesmo. Não desanime se no princípio achar que é difícil ou até impossível. Muitos destes pensamentos negativos estão morando em seu interior há muito tempo e eles se sentem donos de sua mente; não vão querer sair com facilidade. Tenha a coragem de mudar e ser livre para ser mais feliz. Seja persistente e determinado!

Ao perceber, algumas vezes ao dia, um pensamento negativo e imediatamente substituí-lo por um pensamento oposto, você começa a exercer seu poder de escolha.Você começa a usar o poder da mente a seu favor. Você compreende que pode parar de sofrer. Você adquire o apoio de uma mente tranquila, amável, mais silenciosa e pacífica.

A maioria das pessoas nem mesmo começa a tentar, e a maioria daqueles que começam, não se lembram de continuar a fazê-lo. Todavia, se você for persistente e estável, pode criar o hábito do pensamento positivo. Em vez do hábito da preocupação e tristeza, desenvolva o hábito da alegria e felicidade.

A maioria de nós tem sido condicionada a pensar negativamente. Isto se tornou um velho hábito e parece perfeitamente natural. Todavia, você pode apagar o velho condicionamento e criar tendências positivas.

Para experimentar um sentimento você tem que primeiro produzir o pensamento que é responsável por este sentimento. Quando se sentir triste, deprimido, desanimado, observe seu pensamento -- com certeza você alimentou um pensamento negativo. Sem pensamento negativo não pode existir a depressão, o estresse, a angústia. Você mesmo alimenta seus conflitos, irritação e ansiedade com a força de seu pensamento.

Precisamos compreender que passado é passado e não adianta ficar remoendo o que já passou, se torturando, se culpando e sendo assim seu próprio inimigo. Sentir mágoas e guardar ressentimentos não muda as situações, apenas perturba nossa mente e causa infelicidade. Não é errado se lembrar do passado, mas precisamos nos libertar dos sentimentos negativos ligados aos acontecimentos.

Se você tem uma pedra em seu sapato, você a tira. Descalça o sapato, o sacode e senti alívio imediato. Você precisa compreender que também pode remover um pensamento negativo da mente. Basta decidir fazer isto. Escolher o que pensar. Escolher optar por ser mais feliz.

Pratique o doce autoesforço. Permita que a jóia da paciência emerja de seu próprio ser e brilhe. Desenvolva o poder do pensamento positivo e colha seus frutos benéficos, vivendo com mais entusiasmo e tranquilidade.Fique em paz!

quinta-feira, 19 de julho de 2012

INTERESSANTE: Saiba como lidar com suas expectativas para não se frustrar!

Expectativas são esperas ansiosas e produzem um efeito danoso em nossas vidas quando excedem os padrões da realidade.

É da natureza humana gerar expectativas com relação às coisas, o problema é que nossa imaginação é muito fértil e nossos desejos excedem nossa compreensão da realidade. Nestas condições criamos expectativas com pouca ou nenhuma chance de acontecerem e caminhamos rumo à decepção e a frustração.

Achamos que os outros nos decepcionam quando, na verdade, na maioria das vezes fomos nós quem criamos expectativas irreais sobre eles e suas atitudes.
A solução para essas questões que sempre causam sofrimento e desilusões passa pelas seguintes reflexões:

1ª) Precisamos compreender que nossas expectativas são formadas a partir de nossos desejos e fantasias e, não possuem, muitas vezes, nenhuma relação com a realidade.

2ª) Nossas expectativas estão ligadas à nossa imaginação e por isso podem assumir proporções muito difíceis de serem atendidas.

3ª) As expectativas são nossas, mas podem depender de ação de outras pessoas e acontecimentos para se concretizarem, portanto estamos esperando por algo sobre o qual não temos controle efetivo.

4ª) Expectativas estão associadas à imaginação, sentimentos, emoções e experiências anteriores.

5ª) Expectativas sofrem a ação da nossa ansiedade e dos outros aspectos psicológicos que compõe a nossa personalidade.

Assim, como em tudo na vida, também precisamos aprender a lidar com nossas expectativas e introduzir a razão como mediadora entre elas e a realidade.
Às vezes, você espera que alguém ligue para você e a pessoa não liga... Quanto maiores forem as expectativas de receber a ligação, maior será o sofrimento e a decepção de não a ter recebido. Não percebemos nitidamente, mas nos sentimos feridos, afinal a pessoa “devia” ter ligado e não ligou. Pronto. Esse “ferimento emocional”, que se originou em função de nossas expectativas não atendidas, será suficiente para que nossa imaginação agigante as consequências ao criar as “razões“ pelas quais a pessoa não ligou, tais como: ela não me dá a atenção que eu mereço; ela só me procura quando convém; ela deve estar se divertindo com outras pessoas; ela está me enganando; ela não tem por mim a mesma consideração e sentimento que eu tenho por ela, etc.

Ora, todas estas “razões” são meras suposições da nossa imaginação ampliadas pela ansiedade e por frustrações e comparações com situações anteriores.
A pessoa pode não ter ligado por razões concretas e justificáveis as quais poderíamos facilmente compreender em uma conversa franca com ela. Julgamos baseados em suposições, e suposições são apenas probabilidades manipuladas pela nossa imaginação.

Quanto maiores forem as suas expectativas diante de qualquer situação na vida, maiores serão suas chances de se decepcionar. Quando não estamos esperando nada, achamos tudo o que acontece maravilhoso. Quando esperamos pouco, o que acontece facilmente atende ou supera as nossas expectativas, mas quando esperamos muito...

Esperar muito é depositar nas mãos de outras pessoas e acontecimentos a responsabilidade de fazer seus desejos acontecerem. É uma perigosa ilusão.
Procure dividir os aspectos de sua vida em dois grandes grupos: as coisas que você espera que aconteçam e depende determinantemente de você e as coisas que você espera que aconteça, mas dependem muito mais de outras pessoas e acontecimentos que da sua ação.

Observe que você só pode agir sobre as coisas que dependem determinantemente de você. Somente sobre elas você possui controle. As coisas que dependem de outras pessoas e acontecimentos estão fora do seu controle, você pode até influenciá-las de alguma maneira, mas não pode controlá-las.

Utilize a sabedoria para não gerar expectativas muito elevadas para as coisas que não dependem diretamente de você e de suas atitudes. Elas dependem de outras pessoas que não pensam como você pensa, não agirão como você agiria e não sentem as coisas exatamente como você sente.

Concentre-se em alterar as coisas que você pode e em buscar compreender as que estão nas mãos dos outros.

Deixar a vida ser dirigida por nossas expectativas é como dirigir em alta velocidade de olhos vendados. Abra os olhos da razão, use o coração para amar a vida e as pessoas e a razão para conhecê-las, compreendê-las e aceitá-las.

Uma vida baseada em expectativas é irreal e muito perigosa. Faça as pazes com a realidade e aprenda a ajustar suas expectativas dentro de um padrão lúcido e flexível.

Nem a vida nem as pessoas são como nós gostaríamos que fossem, são como são. Nem mesmo nós somos como gostaríamos de ser...

Um alerta importante: Antes de tentar se tornar quem você gostaria de ser, observe se suas expectativas com relação a si mesmo não estão equivocadas, talvez você esteja melhor assim...

A vida é feita de escolhas, mas é impactada por nossas expectativas.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

APRENDA COMO REFLETIR NOSSAS PRÓPRIAS QUALIDADES E DEFEITOS!

Qualidades e defeitos de uma pessoa. As dificuldades em refletir sobre nossas próprias qualidades e defeitos
Uma das tarefas mais difíceis em uma entrevista de emprego é quando a Psicólogo nos pede para escrever e identificar três qualidades e três defeitos de nossa personalidade.
Encaramos isso com certa dificuldade, uma vez que essa tarefa nos faz deparar com aquilo que pensamos somos nossos próprios defeitos e qualidades, ou seja, como vemos nossos atributos pessoais.
Pensar sobre nossos defeitos e qualidades no dia-a-dia não é assustador e muito menos constrangedor, pois claro que sabemos sobre nossos atributos negativos ou positivos, muito melhor do que ninguém.
Mas, expô-los registrando e escrevendo isso num teste de emprego, é algo bem diferente e provoca a expectativa de “o que tal pessoa vai pensar sobre essa identificação”.
É importante saber que, muito mais do que expor seus defeitos ou qualidades, quando registramos estes atributos, temos a capacidade de refletir sobre eles e encontrar os pontos positivos quando reconhecemos os negativos e os pontos negativos de se4 vangloriar dos positivos.
Ou seja, trabalhar os atributos pessoais é uma tarefa que promove um maior conhecimento e reconhecimento do quanto precisamos ou queremos mudar determinados aspectos de nossa personalidade.
Cabe ainda lembrar, que muitos pontos que eventualmente poderemos considerar como positivos ou negativos, nem sempre são considerados pelo outro da mesma maneira.
Como exemplo os atributos: perfeccionista, passivo, ativo, persistente, líder, etc., podem ter conotações completamente diferentes, dependendo da pessoa que nos avalia, do cargo a que estamos interessados, bem como do contexto social a que estamos inseridos.
Desta forma, mais vale a tarefa de reconhecer e identificar seus pontos positivos ou negativos, do que o resultado que isto vai causar na entrevista ou na opinião do entrevistador.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

MENTIR NO CURRICULUM COMPROMETE A REPUTAÇÃO DO PROFISSIONAL!

Existe um projeto de lei que prevê de dois meses a dois anos de prisão para quem mentir no currículo.

O desejo de conseguir o novo emprego, na empresa dos sonhos, foi tanto que o candidato aumentou suas competências e projetou a imagem perfeita para o cargo de liderança no currículo. “Durante a entrevista, no entanto, ele se desviava das questões sobre sua atitude com funcionários. Checamos sua experiência nas empresas anteriores. Constatamos que ele não havia ocupado nenhum cargo de chefia. Foi banido do processo seletivo”, conta a gerente de RH da Ação Informática, empresa com 25 anos e 190 funcionários, Georgina Cássia.
Aumentar as habilidades pessoais, a escolaridade ou informar proficiência no inglês estão entre as mentiras mais comuns. Mônica Paiva, diretora de RH da Radix, direcionada para engenharia e TI e que tem 8 mil currículos na base de dados e 200 funcionários, afirma que a maioria das pessoas mente sobre o grau de conhecimento. “Dizem ter inglês intermediário quando, na verdade, é básico.
Em nível de gerência e na área técnica isso ocorre, principalmente, entre profissionais acima de 40 anos, porque há cerca de uma década a globalização fez do inglês um dado essencial da cultura corporativa”. E pessoas mais velhas nem sempre estão com seus conhecimentos de língua tão afinados.
Em média, a cada 10 currículos, 4 possuem informações supervalorizadas e 2 apresentam dados falsos. De acordo com a consultora e especialista em RH pela Fundação Getúlio Vargas, Cintia Bortotto, as distorções dividem-se em dois tipos: “São objetivas quando tratam da escolaridade e subjetivas quando abordam competências técnicas”.
Conseguir o cargo motiva a maioria das mentiras. Mas algumas pessoas acreditam nas próprias 'invenções'A maioria das mentiras é motivada pelo desejo de conseguir o cargo. Em alguns casos, no entanto, mentir não nasce de um desvio de caráter, a pessoa acredita que realmente possui as competências solicitadas. E isso é mais comum do que parece. “O candidato chega ao ponto de exacerbar suas supostas competências até mesmo na entrevista. Em geral, é possível perceber se os dados estão sendo falseados através de técnicas e testes específicos. Em entrevistas para cargos de liderança, por exemplo, pede-se que o candidato narre um desafio importante da sua trajetória profissional e os resultados que obteve utilizando técnicas específicas de gestão. Se ele enrola ou não lembra, é um forte indício de que não tem a competência desenvolvida ou estava exagerando”.
Na maioria dos casos, é possível identificar as mentiras durante a entrevista, mas sempre existe a possibilidade dos profissionais de RH recorrerem a seus networkings para descobrir a reputação do candidato no mercado.
Desconfiança demais também atrapalhaPor outro lado, é preciso ter cuidado para não exagerar na desconfiança. O profissional que informa graduação em MBA ou especialização e não se sai bem na hora de demonstrar conhecimento específico da entrevista nem sempre está mentindo. “Algumas pessoas são tímidas ou têm dificuldades de expressão. Outras podem até tirar as notas necessárias no curso, mas não se sentem confortáveis com os conceitos. Na área de TI, por exemplo, o executivo pode até ir bem na linguagem técnica, mas se atrapalha na utilização de conceitos relacionados à linguagem corporativa”, pondera Cintia Bortotto.
Os limites na hora de enfeitar o currículoUsar uma linguagem sofisticada é uma forma de valorizar o currículo sem mentir. “Você pode estimar seus resultados no último emprego dizendo, por exemplo, ‘creio que era da ordem de...”, afirma a consultora Cintia.
Detalhar atuações em momentos que você julga importantes como o envolvimento em uma campanha de redução de custos ou a participação em projetos essenciais não só é válido, como é importante, de acordo com o consultor de Negócios da Corrhect – Gestão em Recursos Humanos, Paulo Henrique Rocha.
Por outro lado, “mentir sobre o curso de idiomas é muito arriscado porque já na seleção você terá de comprovar a proficiência”, alerta Paulo Rocha.
Para Cintia, mentiras que tenham impacto no exercício profissional e colocam a empresa em risco são as mais graves e inaceitáveis: “por exemplo, imagina você contratar um engenheiro químico e na checagem descobrir que ele não concluiu a graduação?”.
Se o profissional atuou durante certo tempo como autônomo ou sócio-proprietário de uma empresa, deve informar no currículo, inclusive citando o capital da organização, mesmo que pequeno, sugere a consultora. “Também é essencial descrever suas atribuições e colaborações tanto com outras companhias-clientes quanto com fornecedores. Esse tipo de experiência em geral conta muito, a não ser em grandes empresas, nas quais a composição de cargos segue regras muito rígidas e formais”.
Jovens mentem mais no currículoPara o consultor de Negócios da Corrhect Gestão em Recursos Humanos, Paulo Henrique Rocha há mentiras em todos os níveis hierárquicos e faixas etárias, mas a tendência dos jovens para mentir ou exagerar no currículo, “por ingenuidade, desconhecimento das leis ou inexperiência” é maior, comenta.
Dois de seus clientes, uma companhia de grande porte no ramo siderúrgico e outra do ramo imobiliário já enfrentaram o problema. No primeiro caso, o profissional era finalista no processo seletivo para uma posição gerencial. “Na entrevista, o diretor da área, que casualmente também era professor da instituição e do curso que candidato informou que havia frequentado, não o reconheceu como seu aluno. Na checagem, constatou-se a mentira e ele foi eliminado da seleção”.
Na segunda situação, o objetivo do processo era contratar um auxiliar interno e um dos finalistas omitiu a idade, adiantando-se meses à data de aniversário. “Disse ter 17 anos e tinha de fato 16. O motivo da mentira: com essa idade, pela legislação de trabalho, ele só poderia ser integrado pela Lei do Menor Aprendiz, e não como funcionário normal”.
A mentira foi identificada, mas a empresa optou por mantê-lo. “Nem todo mundo adota essa posição mais liberal. No entanto, ele foi bem alertado sobre os riscos da conduta e avisado de que seria observado”.
Empresário abre companhia para checar a veracidade do currículoA necessidade de validar currículos levou o empresário e especialista em RH pela FGV-SP, Leonardo Rebitte, e o sócio, Victor Fernandes, a criarem a Currículo Autêntico, a primeira certificadora do tipo no Brasil. Lançada recentemente, a empresa propõe economia de horas-trabalho na checagem dos dados, diminuindo os riscos e os custos envolvidos no processo de recrutamento e seleção. “O candidato com nosso selo está um passo à frente dos concorrentes no processo seletivo da empresa”, salienta Rebitte.
A auditoria não faz testes psicológicos, mas entra em contato com todas as referências citadas pelo candidato, universidades e escolas, além de empregos anteriores para confirmar as informações. As ligações são gravadas e anexadas à documentação comprovando os títulos do candidato que paga R$ 99 pelo serviço. Em breve, a Currículo Autêntico vai oferecer seus serviços às empresas, mas o pré-cadastro já recebe de 15 a 20 inscrições por dia.
A verificação é importante. Mentir no currículo pode ter consequências muito graves após a contratação. O caso mais recente e espetacular é o de Scott Thompson, presidente de uma grande companhia de Internet, que informou no currículo uma graduação em Ciências Contábeis que, de fato, não tinha. O assunto desagradou a tal ponto os acionistas que ele desligou-se da empresa, no último mês de maio.
O assunto é novo e espinhoso e anda provocando discussões no Brasil. Quem mentir no currículo pode ser punido com detenção de dois meses a dois anos caso o projeto de Lei Nº 6561/09 seja aprovado. Em análise na Câmara, na Comissão de Constituição Justiça e Cidadania, em Brasília, a proposta do deputado Carlos Bezerra defende que seja declarada a Falsidade Criminosa de Currículo quando a pessoa informa dados irreais para satisfazer seus interesses e provoca potenciais danos para conseguir um emprego.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Surras podem aumentar as chances de transtornos mentais, diz estudo

Pesquisa realizada nos Estados Unidos desconsiderou abusos graves e levou em conta castigos físicos como empurrões, agarrões, tapas ou palmadas.


Pessoas que levaram surras na infância têm maiores chances de sofrerem de doenças mentais quando adultas, incluindo distúrbios de humor e ansiedade, além de problemas com o uso abusivo de álcool e drogas, revelaram cientistas.
O estudo, liderado por pesquisadores canadenses, foi divulgado ontem e é o primeiro a examinar a relação entre problemas psicológicos e danos físicos, sem considerar agressões mais graves ou abuso sexual, para medir com mais eficácia os efeitos da punição física isoladamente.Aqueles que apanhavam quando crianças tinham uma probabilidade entre 2% e 7% maior de sofrer de doenças mentais mais tarde, indicou a pesquisa na publicação americana "Pediatrics", baseada em uma investigação com mais de 600 adultos dos Estados Unidos.
A taxa parece pequena, especialmente porque cerca de metade da população americana afirma ter apanhado na infância, No entanto, ela mostra que os castigos físicos podem trazer consequências futuras, dizem os especialistas.
"O estudo é importante porque sugere uma reflexão sobre a paternidade", afirma Victor Fornari, diretor da divisão de psiquiatria da criança e do adolescente do Sistema Único de Saúde Judaica de North Shore-Long Island, em Nova York.

A taxa "não é dramaticamente maior, mas é maior, o que sugere que o castigo físico é um fator de risco para o desenvolvimento de distúrbios mentais na idade adulta", disse Fornari, que não esteve envolvido no estudo.

Empurrões, tapas e palmadas

Pesquisas anteriores já mostraram que crianças abusadas fisicamente tinham mais distúrbios mentais quando adultos, e têm mais chances de apresentar um comportamento agressivo que crianças que não apanharam.

Entretanto, esses estudos geralmente lidavam com abusos mais graves.

A pesquisa atual exclui abuso sexual e qualquer abuso físico que deixe hematomas, cicatrizes ou ferimentos.

Em vez disso, ele foca em outros castigos físicos, como empurrões, agarrões, tapas ou palmadas.

Dois a 5% dos entrevistados sofriam de depressão, ansiedade, transtorno bipolar, anorexia ou bulimia, o que pode ser atribuído aos castigos na infância.

Já 4% a 7% tinham problemas mais sérios, incluindo transtornos de personalidade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e dificuldades de raciocínio.

Os pesquisadores destacaram que o estudo não pode garantir que os castigos físicos tenham sido a causa das doenças em alguns adultos, e sim que há uma ligação entre as lembranças relacionadas a essas punições e uma maior incidência de problemas mentais.

Os participantes foram perguntados: "Quando criança, com que frequência você era empurrado, agarrado, estapeado ou levava palmadas dos seus pais ou de outro adulto que vivia na sua casa?" Os que responderam "às vezes" ou mais foram incluídos na análise.

Novas pesquisas poderão se aprofundar mais no assunto. Enquanto isso, o estudo serve para lembrar que existem outras opções para disciplinar as crianças, como o reforço positivo e a proibição de algum lazer, o que é mais aconselhado pelos pediatras.

"O fato é que metade da população (americana) apanhou no passado. Há maneiras melhores de os pais disciplinarem as crianças", disse Fornari.

Educar sem bater é possível


Especialistas diferenciam autoridade de autoritarismo e explicam os princípios para ter – e manter – a autoridade com seu filho

Impor limites não é tarefa fácil para pai algum. Muitos têm medo de perder o amor dos filhos por serem severos demais. Porém, a autoridade parental é indispensável para educar, criar consciência e, consequentemente, começar a construir o caráter das crianças. O importante é não confundir “criar regras” com “impor vontades”. E é possível fazer isso tudo sem bater.

Adela Stoppel de Gueller, psicóloga e coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, chama atenção para o fato de que os pais são, inicialmente, a referência mais importante de autoridade de uma criança – e não devem se esquecer disso nem quando são enfrentados pelos filhos. “À medida em que as crianças crescem e vão ganhando autonomia, elas questionam a autoridade parental e as leis da sociedade. Nesse momento, é importante que os pais mostrem aos filhos que a autoridade que eles detêm não é arbitrária, que não é um capricho”, recomenda.

A psicóloga explica que discutir as decisões tomadas pode desgastar a autoridade dos pais. “É importante que os pais, quando devem dizer não, não tenham que ficar se justificando. Não é a explicação do ‘não’ que coloca as crianças para pensar, é o ‘não’ puro e simples que faz com que elas reflitam pela lei e pelos limites”, defende Adela. A educadora Cris Poli reforça o argumento da psicóloga e afirma que, desde pequenos, temos que aprender que vivemos em uma sociedade que tem limites. “Pais não podem temer deixar os filhos frustrados porque vão negar algum pedido deles. Ensinar, colocando regras, é educar”, fala a apresentadora do programa “Supernanny” (SBT).

Autoridade x autoritarismo

A linha entre autoridade e autoritarismo parece tênue. Porém, os dois conceitos são bastante distintos. Enquanto autoridade significa impor regras necessárias para um bom convívio, autoritarismo é sinônimo de imposição, uso excessivo de poder. Mara Pusch, psicóloga da Unifesp, diz que autoridade parental não deixa criança alguma retraída ou traumatizada. “Os pais precisam entender que autoridade é mostrar que você tem o poder de decisão sobre o seu filho. O problema é que, quando dessa decisão não é bem exposta às crianças, vira autoritarismo. O filho precisa enxergar que tem autonomia para escolher o que quer, mas que o seu desejo pode ser ou não realizado”.

Uma criança se sente acuada quando sofre uma vigilância constante, quando há controle em demasia sobre as suas ações. Adela destaca que, ao notarmos crianças retraídas ou sufocadas, é preciso pensar que ela está sentido o peso da autoridade como excessivo e que pode não ter forças para suportá-lo. “O retraimento é como um refúgio para os filhos que se sentem assim. É importante que os pais repensem seu lugar e escutem a criança. Às vezes, em alguns desses casos, é a criança quem cria uma imagem de um pai extremamente autoritário e isso não corresponde à realidade. Nessas horas, pode ser importante consultar um especialista”, afirma a psicóloga.

O fim da palmada

Um projeto de lei do governo federal que prevê punição para quem aplicar castigos corporais em crianças e adolescentes está tramitando no Congresso Nacional. Sua aprovação, que é bastante provável, marcaria o fim da era das palmadas e dos beliscões, tão conhecidos pelos adultos de hoje. A discussão, que gera muita polêmica, é tratada por Cris Poli com naturalidade. A educadora defende, desde sempre, que para educar não é preciso bater. “Métodos de disciplina é que ensinam o que é certo e errado. Palmadas e puxões de orelha são usados apenas pelos pais que não conseguem se impor e perdem a paciência com os filhos”, fala. “Eu sequer vejo necessidade de uma lei para proibir isso. O que precisamos é de uma campanha de conscientização disciplinar”, acrescenta a educadora.

Mara defende o castigo como uma boa forma de punição para os filhos que descumprem as regras da casa. Para a psicóloga, o castigo tem que ser algo que tanto a criança quanto o adulto consigam cumprir. Não pode ser uma atitude drástica. “Não adianta o pai ameaçar e não dar conta do recado. Se a criança só fica tranquila com o videogame, e o pai tira isso completamente dela, não vai funcionar. Não defendo castigos assustadores, pois isso gera medo”.
Adela complementa o argumento da psicóloga dizendo que os pais devem refletir sobre os castigos que impõem e admitir quando foram severos demais na hora de aplicá-los. “Admitir um erro não implica em perder autoridade, ao contrário, é algo que pode fortalecer os pais porque a criança vê ali um ser racional, que reflete sobre suas ações”, diz.

Recuperando a autoridade

Nunca é tarde demais para recuperar a autoridade com o seu filho. Pelo menos é o que dizem as três especialistas. Para Adela, antes de tentar resgatar o controle da situação em casa, os pais têm que olhar para si mesmos e recuperar a confiança em si. “Se conseguirem isso, os filhos vão perceber e passar a confiar na palavra deles”, explica.

Para os casos mais graves, quando as crianças já não respondem às regras e fazem birra por qualquer coisa, Mara sugere terapia familiar. “Pode ser bom para o pai entender por que perdeu a autoridade e visualizar a dinâmica da casa. Normalmente, quem está dentro da situação não consegue enxergar direito. É importante também perceber como a criança age em outros ambientes, se é sem limites fora de casa”, recomenda.

Cris Poli afirma que o mais importante é que os pais se convençam de que a autoridade está com eles e que educar é uma responsabilidade, não uma escolha. “A minha experiência indica que o primeiro passo é assumir o papel de educador dentro de casa e se posicionar com firmeza. A partir daí, o pai ou a mãe tem que rever sua postura e tentar mudar o que está errado”, finaliza