terça-feira, 26 de junho de 2012

Por que eu estudo e trabalho mais, mas ganho menos?


Em todo o país, e em todas as categorias profissionais, as mulheres ganham menos do que os homens. Por quê?

Indicadores sociais divulgados pelo IBGE em 2009 mostram a discrepância entre a média salarial de homens e mulheres

Primeiro, as estatísticas. Elas são bem claras: em todo o país, e em todas as categorias profissionais, as mulheres ganham menos do que os homens. E não é um pouco menos: considerando-se a média salarial nacional segundo o IBGE, eles recebem quase 40% a mais que elas (veja quadro). Até mesmo no segmento dos empregados domésticos, que é quase totalmente feminino, os homens ganham mais. Até mesmo na categoria de empregadores, em que não há um patrão responsável por definir a remuneração, as mulheres ficam atrás. Até mesmo no funcionalismo público, em que as vagas têm seus salários publicados oficialmente antes de serem preenchidas, e a escolha dos contratados é feita por concurso, o rendimento é menor.

Por quê?

Os caminhos que levam à discrepância são menos claros que os números. Grosso modo, segundo especialistas, dá para dizer que as escolhas profissionais femininas são influenciadas por aspectos culturais que acabam afetando, entre outras coisas, seu rendimento. A ideia de que existem carreiras mais “femininas” que outras, e a divisão de dedicação entre vida profissional e maternidade estão entre elas.

“Mesmo com o grau de escolaridade mais alto, a discrepância entre homens e mulheres no mercado de trabalho seguem elevadas. As mulheres têm o rendimento menor que os homens e ocupam condições de trabalho não tão adequadas quanto as deles”, diz Cimar Azeredo gerente de integração da pesquisa mensal de empregos com a pesquisa nacional por amostras de domicílios do IBGE. “A maior parte dos dirigentes e gerentes são homens no contexto geral. Os dados mostram que existe uma participação maior deles nos grupamentos que pagam mais caro”.

É exatamente nos números sobre cargos de dirigentes que fica clara a existência de uma barreira no avanço feminino. Há uma etapa que as mulheres simplesmente não transpõem. A diferença no índice de ocupação geral entre homens e mulheres vem caindo de forma gradativa. Mas nos números de quando essa ocupação se dá em cargos de chefia (que o IBGE chama oficialmente de dirigentes), essa tendência não se repete. No topo da pirâmide profissional, a distância entre eles e elas continua rigorosamente a mesma - 5,6% dos homens trabalhadores eram dirigentes contra 4,1% das mulheres em 2003; cinco anos depois, eles subiram para 5,9% e elas para 4,4%. Ou seja, mais trabalhadores são chefes hoje, mas a diferença entre homens e mulheres não diminuiu um centímetro neste caso.
Em média, a mulher tem mais escolaridade que o homem. Mas no mercado de trabalho, perde na indústria, nos serviços, na área de educação. Ela acaba perdendo participação até por uma questão cultural mesmo, de os grupamentos que pagam mais serem mais atrativos para os homens. Por exemplo, engenheiros da área do petróleo. Quantas mulheres se formaram engenheiras e se interessaram por essa área? Será que elas não preferiram psicologia?”, questiona Cimar.
A pesquisadora da Fundação Carlos Chagas Cristina Bruschini explica: “Há diferenças importantes, como uma concentração feminina em determinadas áreas que não têm tanto prestígio. As mulheres encontram mais dificuldade nos guetos ocupacionais, ou seja, nas atividades consideradas masculinas, que muitas vezes são também as que remuneram melhor”. Para ela, as mulheres não se encaminham para essas áreas menos valorizadas: são encaminhadas. “Elas se sujeitam porque é uma coisa cultural, de formação de identidade. Na escola, na família, aprendem que existem tarefas mais femininas e outras mais masculinas. Isso vem desde cedo, quando, por exemplo, trepar em árvore é coisa de menino e lavar louça é coisa de menina”.
A questão de formação da identidade ajuda a explicar muitos dados, inclusive um dos mais intrigantes: por que as mulheres ganham menos mesmo quando são as responsáveis por sua remuneração, ou seja, quando são empregadoras? Para os especialistas, é quase sempre uma questão da escolha do tipo de empreendimento – mulheres tenderiam a abrir negócios também “femininos”, como salões de beleza. Nada a ver com a qualidade de seu desempenho na função, portanto.

Carreira x maternidade

Escolher um caminho “feminino”, no entanto, vai além de preferir uma carreira de humanidades ou uma loja de velas perfumadas. A identidade cultural aliada a questões bem concretas e cotidianas fazem com que a mulher se sinta obrigada sim a escolher entre carreira e maternidade. E se por um lado as opções muitas vezes não são excludentes, por outro quase sempre significam um limite na dedicação possível a uma ou outra.

Um estudo realizado pelo Dieese em seis regiões metropolitanas brasileiras mostra que o rendimento da mulher é afetado significativamente se ela é casada e tem filhos. Para pior. Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, o estudo aponta que mulheres que vivem sozinhas têm um rendimento médio de R$ 8,98 por hora, mais do que os R$ 6,91 das que vivem com um companheiro, mas sem filhos. Quando além de marido elas também têm filhos, o rendimento cai para R$ 5,89, superior apenas aos das mães que cuidam dos filhos sem um companheiro: R$ 5,39.
Bruschini acredita que essa tendência se confirma também nas demais regiões do país. “O que mais conta aí é maternidade e filhos pequenos, não tanto viver em uma situação conjugal”, diz, reforçando que a “mulher” das estatísticas é sempre um ente genérico numa colcha de retalhos de possibilidades. “As mulheres têm noção de que vão ter uma dupla jornada no futuro. Se terão que fazer as duas coisas, elas já procuram a que exige menos. Na medicina estão na pediatria e não estão na cirurgia cardíaca, por exemplo. É meio que uma percepção da realidade”, afirma. Partir do princípio de que se quiserem ter uma família, não poderão se dedicar de forma integral ao trabalho, explica a barreira que mantém as mulheres longe dos cargos de gerência.
Apesar de tudo, tem havido um crescimento no mercado de trabalho de mães. “Mais por uma mudança sensível na identidade feminina mesmo – na escolaridade, no desejo das que podem desejar. As mulheres não querem ficar mais no espaço doméstico”, acredita Bruschini. Para ela, a conciliação entre família e carreira pode ganhar força com investimentos em duas esferas: pública e doméstica. “Investir infinitamente em creches e escolas em tempo integral, com horários compatíveis com os das trabalhadoras. E investindo em campanhas para incentivar os companheiros nos cuidados das crianças. Ou seja, não só cumprindo a legislação, mas também ampliando”.

Discriminação

A história do patrão que oferece um contra-cheque mutilado a suas funcionárias pode não ser a regra, mas não significa que não exista. “Essa diferença não deve ser só preconceito a essas alturas do século 21, embora tenha um restinho que seja”, admite Bruschini. Partilhando a mesma tese, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) propôs um projeto de lei que leva para até vinte vezes o salário da trabalhadora a multa administrativa aplicável a empregadores que pagarem valores diferentes para uma mesma função. “Quando Obama assumiu e anunciou que ia mandar uma lei para o Congresso garantindo igualdade salarial entre homens e mulheres, causou um frisson no planeta. Então lembrei que nossa legislação já prevê esse tratamento igualitário às mulheres, mas precisava de reforço”, afirma a senadora.
O projeto está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e recebeu em dezembro o apoio e um acréscimo da ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. “Este ano nossa grande expectativa é a aprovação no Congresso Nacional da Lei da Igualdade no mundo do trabalho”, afirma a ministra. “Nós esperamos fazer audiências públicas em todo o Brasil discutindo essas questões, porque as condições que as mulheres se encontram no mercado de trabalho ainda embutem uma série de discriminações, inclusive do ponto de vista remuneratório e de direitos”.
A senadora não acredita que uma lei mais rígida possa acabar tendo o efeito contrário, ou seja, que empregadores possam evitar contratar mulheres com medo de processos. “Já foi o tempo em que a gente ficava retraído e com medo. Pode ter um caso ou dois, mas acredito que não”, diz Serys. “Se não vão pelo amor, vamos pela dor”.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Use a inteligência social para alavancar sua carreira..


Horas gastas em redes sociais num instrumento poderoso para achar uma oportunidade de trabalho incrível? Já pensou em usar sua habilidade como ombro amigo para conseguir um aumento? Habilidades como essas tornam-se competências fundamentais para avaliar sua inteligência social, um conceito novo definido como a capacidade de lidar com as outras pessoas e entender os sentimentos alheios.



Inteligência social é a capacidade de se relacionar com as pessoas e fazer com que as reações sejam empáticas

Cada vez mais valorizadas em ambientes de trabalho, as habilidades sociais podem ser a diferença entre crescer profissionalmente ou permanecer estagnado. “Se um gênio acadêmico ou técnico aumenta sua habilidade social, torna-se um profissional imbatível”, afirma Alexandre Bortoletto, instrutor da SBPNL – Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística.

O conceito é um desdobramento e uma ampliação da teoria das inteligência múltiplas do psicólogo norteamericano da Universidade de Harvard, Howard Gardner. No livro "Estruturas da Mente", Gardner descreve inteligência como a capacidade humana de criar e de resolver problemas e afirma que existem vários tipos de inteligência, todos igualmente importantes.

A teoria das inteligências múltiplas já deu origem a pelo menos um best seller, "Inteligência emocional", de Daniel Goleman, que fez sucesso nos anos 1990.

Nesse seu novo livro “Inteligência Social”, Daniel Goleman, afirma que o modo como interagimos influencia nosso comportamento e o funcionamento do corpo, com impactos até na neuroquímica do humor, por exemplo. Além de literalmente, fazer bem para nós, valores positivos, como empatia, altruísmo e generosidade têm poder de nos conectar com outras pessoas e trazem ganhos sociais. E a melhor maneira de desenvolvê-los é praticando. “Mudanças grandes de ambiente são necessárias para desenvolver habilidade sociais”, diz Bortoletto.


Se um gênio acadêmico ou técnico aumenta sua habilidade social, torna-se um profissional imbatível.

A professora doutora da FEA-SP e coordenadora do Programa de Vida e Carreira, Tania Casado, no entanto, embora cautelosa em relação a 'termos da moda', concorda. Habilidades sociais, interesse pelos outros e capacidade de estabelecer relações são e sempre foram importantes nas empresas.

Agora preste atenção nas dicas dos especialistas para melhorar suas habilidades sociais no trabalho

Tente imaginar como as pessoas vêem você
Não existe um padrão para uma apresentação pessoal correta: isso depende do meio profissional. Terno bem cortado, postura e linguagem formal podem destoar num ambiente mais descolado, como uma agência de design. A regra é mimetizar. Se quiser ser sempre convidado para o almoço com o pessoal do escritório (e lembrado em projetos e indicações para vagas no futuro), preste atenção na forma que as pessoas se vestem, falam e os assuntos preferidos. Mesmo que não sejam os seus, vale a pena fazer pequenos ajustes.
Além do networking, tente causar impressões positivas
Fazer e manter contatos profissionais são componentes da inteligência social, mas não dizem tudo. Todo contato precisa ser associado a uma experiência positiva com o outro. Emails ou ligações inconvenientes podem mais fazer estrago do que trazer benefícios.
Ter um elogio pertinente a algum trabalho recente na ponta da língua ou fazer um comentário interessante podem ajudar o outro a lembrar de você positivamente. “Não significa bajular. A melhor forma de não ser mal interpretado é ter um plano de ação para seu crescimento pessoal”, diz Richeli Sachetti, coach e instrutora da Sociedade Brasileira de Coaching.
Empatia é a palavra-chave para se aproximar de alguém. “Se uma pessoa que fala muito rápido, ao conversar com uma outra, que fala muito devagar, conseguir desalecerar, também vai conseguir entrar na mesma sintonia do outro”, lembra Alexandre. É o tal do “rapport”, expressão francesa que significa estabelecer uma conexão. Uma dica de João Oliveira é escutar mais do que falar. “A briga começa porque alguém interrompe o outro. Quem tem escuta passiva é amigo de todo mundo”, diz o especialista.
A briga começa porque alguém interrompe o outro. Quem tem escuta passiva é amigo de todo mundo.
A professora Tania Casado lembra que o sucesso de uma rede profissional depende da simetria na relação.
“Ninguém constrói uma rede sem ter reputação e reciprocidade. Não adianta querer que a rede se mobilize a seu favor, se você não se coloca a disposição dela”, afirma. Ou seja, é preciso ser generoso e disponível para poder contar com os outros. “Isso transmite éticas e valores, porque ninguém chega lá sozinho”, lembra Sachetti.
Mantenha-se conectado com o mundo e use as redes sociais com inteligência
Redes sociais são uma ótima oportunidade para alimentar a engrenagem social a favor da carreira. São um poço de informações sobre cultura organizacional das empresas, perfis profissionais e pessoais, que podem ser usadas para estreitar laços e se adaptar a ambientes. Como num happy-hour, o clima é informal e mais próximo, mas deve-se ter cuidado com gafes, já que o vexame online nem sempre pode ser deletado.
É importante saber ser relevante também. “Quem não tem algum amigo que só posta bobagens? Correntes, solicitações, recomendações: as pessoas perderam a noção e abusam, tratam a rede de relacionamentos com pouco respeito”, afirma Tania. Postar conteúdo de qualidade e ser atencioso com as pessoas é o melhor caminho para se tornar referência e ganhar influência.
Descubra o que o seu corpo fala
João Oliveira, autor do livro “
Saiba Quem Está à Sua Frente” (Wak Editora), é especialista em linguagem corporal e dá cinco dicas para você pôr em prática no trabalho. “A mais importante é mover menos as mãos. Quem mexe muito as mãos demonstra ignorância lingüística, faltam símbolos verbais”, diz Oliveira. Sorrir é importante, mesmo que o sorriso não seja 100% espontâneo. “As pessoas correspondem”, diz. Mantenha a postura e o ângulo da cabeça em 90º. “Isso demonstra que você é seguro de si.” Ao andar, o ideal é não balançar os braços. Por fim, numa entrevista ou reunião, não bloqueie com bolsa e objetos o caminho entre você e o interlocutor.
Saiba falar, ouvir e, sobretudo, perguntar
Feedback no fundo é como um jogo onde é preciso saber falar, ouvir e perguntar. “Se eu me relaciono bem, escuto melhor meu colega, recebo e dou feedback melhor”, afirma Bortoletto. Richeli Sachetti, coach e instrutora da Sociedade Brasileira de Coaching, afirma que muitas vezes saber onde melhorar é um enigma. “Quando a pesssoa não sabe em qual aspecto ela precisa melhorar, precisa pedir feedbacks específicos”, diz Sachetti. Em outras palavras, quanto mais concretos os exemplos de atitudes e comportamentos que devem ser trabalhados, maiores as chances do feedback trazer mudanças concretas. É preciso saber falar e ouvir de forma racional, de maneira não ofensiva e sem levar comentários para o lado pessoal. “Receber e dar feedbacks são dois lados do mesmo aprendizado. Quem sabe receber críticas e feedback também sabe dar feedback. Eu melhoro para ouvir quando eu aprendo a falar”

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Como causar a melhor impressão em 5 minutos


Você precisa se preparar para uma entrevista de emprego, uma apresentação para o cliente, um almoço de negócios e lá vem aquele monte de dúvidas na cabeça: o que vestir, como me apresentar, o que devo dizer? Causar uma ótima primeira impressão em tão pouco tempo nem sempre é fácil, mas seguindo os conselhos dos especialistas que consultamos vai ficar bem mais simples impressionar o outro e passar uma boa imagem de si mesmo em apenas cinco minutos.
“Existem estratégias para que mais pessoas gostem da gente. A técnica principal é gerar um estado de receptividade. Quando o outro sente, vê, gosta de você, fica mais aberto para ouvir e trocar informações”, afirma o psicoterapeuta e especialista em gestão de pessoas José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching.
Mas isso tem que ser rápido. De acordo com a coaching Maria Tereza Gomes, professora de gestão de pessoas da FIA (Fundação Instituto de Administração), você não tem só cinco minutos para causar uma boa impressão. Tem apenas alguns segundos. “A pessoa olha para você e já forma um pré-conceito. É claro que, depois, com a conversa e a apresentação, aquela boa ou má impressão pode se confirmar ou não”, afirma.
Para fazer sucesso em qualquer ocasião, siga as dicas e faça bonito na próxima entrevista ou reunião de negócios.
1. Adeque o vestuário
Antes de escolher o que vai vestir, reflita sobre o que a situação pede. Se vai ministrar uma palestra, procure uma roupa discreta, para que o visual não chame mais atenção do que aquilo que você vai dizer. Se vai a uma entrevista de emprego, é claro que uma saia curta não é a melhor opção. “Tudo depende do cargo que está pleiteando, da cultura da empresa, se é uma situação mais formal ou informal”, diz a especialista em gestão de pessoas Maria Tereza Gomes. Vista-se bem, de acordo com sua personalidade, mas respeitando a cultura da empresa.
2. Seja discreto na maquiagem e acessórios
Na maioria das vezes, a pessoa vai acertar se permanecer na linha do equilíbrio, ou seja, nem maquiagem demais, nem de menos. Procure um visual bonito e discreto, sem carregar em sombra e brilho. O mesmo vale para os acessórios muito chamativos, como brincos grandes e pulseiras barulhentas, que devem ser evitados. Um cuidado especial precisa ser dado às unhas e ao cabelo, que deve estar sempre bem penteado e escovado. Também não exagere no perfume. “As pessoas não podem ficar impactadas pelo seu cabelo ou pela sombra colorida. Aposte num visual discreto”, diz Maria Tereza.
3. Ajuste-se ao outro
É preciso ser um espelho do outro para se aproximar mais facilmente dele. Por isso, ajuste sua postura com a do seu interlocutor. Se ele é mais discreto, seja também. Se faz muitos gestos, gesticule mais. O mesmo vale para o tom de voz. “As pessoas se reconhecem umas nas outras. Quanto mais você se parecer com o outro, mais terá a possibilidade de trocar informações”, indica José Roberto Marques, presid
4. O corpo fala
A linguagem corporal é superimportante para causar uma boa primeira impressão, pois nosso corpo e nossos gestos passam uma série de mensagens subliminares que a pessoa capta, sem nem perceber. Por isso, nada de sentar-se muito relaxada, com as costas curvadas ou em cima das pernas. Procure manter-se com uma postura ereta, mas sem ser muito rígida, como um robô.
5. Estabeleça contato visual
Segundo o psicoterapeuta e especialista em gestão de pessoas José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, 55% da comunicação é não-verbal. Isso significa que o corpo fala por si só. “O maior poder do não-verbal está no olhar. Os olhos refletem o seu estado interno. Olhar nos olhos demonstra estado de equilíbrio”, diz ele.
6. Faça o diálogo fluir
O ritmo da conversa também é importante para fazer o diálogo fluir bem. Perceba a velocidade que o seu interlocutor usa para formular as frases e procure seguir o mesmo ritmo. Observe também se ele é do tipo que gosta de mais detalhes ou se prefere a objetividade, e vá conduzindo a conversa pelo caminho do seu ouvinte. “Evite falar demais ou não falar nada. Tente balancear. Também não monopolize a conversa, falando sem parar o tempo todo”, indica a professora Maria Tereza.
7. Nada de decoreba
Se tiver uma apresentação de negócios ou mesmo uma entrevista de emprego, nada de ficar decorando frases. Procure conhecer antecipadamente o assunto e demonstrar conhecimento sobre o que diz. “Também é preciso sentir as palavras. Quando a gente sente o que fala, vive aquele assunto, fica conectado naquilo que está falando. Isso demonstra firmeza e passa uma sensação de autenticidade para quem está ouvindo”, aconselha Marques.
8. Seja um bom ouvinte
Isso sempre causa uma impressão fantástica. Demonstre interesse pelo o que o outro fala, dando a maior atenção possível. O coaching José Roberto Marques indica até uma técnica para isso: usar a recapitulização. Ou seja, você resume o que o outro disse e expande o diálogo, acrescentando a sua colocação e mencionando o que você acredita sobre aquele assunto9. Perceba a receptividade
Antes de sair por aí falando sobre si ou tentanto vender alguma coisa, perceba se o outro está disponível para ouvir você. Se está em um coquetel após um workshop, por exemplo, e quer se apresentar para um possível cliente, observe se a pessoa está receptiva. “Tudo tem a hora certa, o momento certo de vender, de trocar cartão, de agendar uma reunião. Não dá para chegar querendo
10. Sorriso e gentileza ganham pontos
Procure ser gentil e sorrir de vez em quando para demonstrar simpatia
. Fique atento também ao trato com as pessoas ao seu redor. Se está aguardando na recepção de uma empresa, cumprimente a recepcionista, mostre educação e gentileza com a copeira que vem lhe trazer um cafezinho.
11. Nada de ressentimentos
Seja em uma entrevista de emprego ou em uma apresentação para o cliente, jamais fale mal do antigo chefe ou da concorrência. Fale sempre das coisas boas que aprendeu na empresa anterior ou dos pontos fortes do produto ou serviço que está representando. Isso demonstra uma postura ética e profissional.
12. Outras dicas preciosas
• Chegue no horário. A pontualidade demonstra consideração por aquele evento ou reunião.
• Cumprimente com um aperto de mão firme, montrando equilíbrio e confiança.
Chame as pessoas pelo nome. Assim, elas se sentirão importantes para você.
• Cuidado com o vocabulário. Dependendo do ambiente, evite gírias ou palavras rebuscadas demais.
• Não se disperse. Procure manter sempre o foco da conversa.
Cuidado com o tom de voz: muito alto pode cansar quem está ouvindo, muito baixo pode dispersar a atenção do ouvinte.
• Policie-se para evitar tiques e palavras repetitivas como 'hã', 'né',' tá'.



terça-feira, 19 de junho de 2012

INTERESSANTE: APRENDA OS 10 COMPORTAMENTOS INSUPORTÁVEIS NO TRABALHO !VOCÊ SE IDENTIFICA COM ALGUM DELES?


Fofoqueiros, puxa-sacos e tagarelas: como identificar e lidar com esses perfis no escritório!
Um bom relacionamento com as pessoas dentro do ambiente de trabalho é essencial tanto para a carreira como para a qualidade de vida. Mas manter um clima amistoso com os colegas profissionais nem sempre é fácil. Desagradáveis e até mal intencionados, alguns perfis desafiam a convivência com piadas excessivas, reclamações ou mesmo puxando o tapete dos outros. A psicóloga Juliana Saldanha, consultora de recursos humanos do Grupo Soma, orienta sobre as melhores reações. Selecionamos dez comportamentos insuportáveis no trabalho e dicas para lidar com cada um deles:1. INJUSTIÇADA.
 
"Eles não gostam de mim
Reclamona, ela tem certeza que os chefes a perseguem – e percebe isso em cada olhar ou comentário. Passa muito tempo “alugando” os colegas com as suas lamentações. É extremamente sentimental e não tem foco no trabalho. Geralmente deixa a desejar profissionalmente, mas, mesmo assim, jura que é muito competente.
“O perseguido é um perfil difícil até porque não se sente assim só no profissional. Se um carro espirrar água de poça nela, também vai achar que é pessoal. Mas fugir das responsabilidades, ser a vitima, às vezes é insegurança”, aponta Saldanha. O segredo é não entrar na onda e começar a reclamar dos chefes também.
2. FALSO BONZINHO

"Essa é a equipe mais bonita do prédio"
Parece um anjo à primeira vista. Cordial, faz questão de estabelecer boas relações com todos os níveis hierárquicos. Cedo ou tarde você ficará sabendo de intrigas pesadas feitas pelas costas envolvendo o seu nome. Ele vai negar tudo e sair pela tangente. Mas não se engane, mês que vem tem mais!
O famoso “duas caras” é mais um caso de insegurança, segundo a consultora. “Acredita que para crescer não pode ser ele mesmo. Devemos evitar generalizações, mas normalmente essa pessoa tem segundas intenções e quer levar vantagem”, diz ela. Mas não tente desmascarar o “anjinho”. É melhor manter distância.

3. FOFOQUEIRA INCORRIGÍVEL
"Tenho uma boa pra contar"
Ela parece um radar: está sempre por dentro de tudo que acontece na vida dos outros funcionários e, por isso, não dedica muito tempo ao trabalho. Tende a envolver as pessoas em suas falações e pequenas maldades. Critica a roupa e cabelo das colegas, mas no fundo inveja cada centímetro.
“Falamos que a pessoa tem que ter bom senso, mas isso é relativo porque as experiências de vida são diferentes”, avalia Juliana. Sair de fininho das conversas sobre terceiros é a melhor forma de agir. A fofoca só existe porque alguém está ali para ouvir. “Não precisa dizer que não quer falar com ela, mas sinalize que tem outras prioridades e não seja conivente. Busque neutralidade”, orienta.

4. PUXA-SACO BAJULADOR
"Seu corte de cabelo está incrível"
É um clássico no mundo corporativo. Em suas relações, classifica as pessoas por cargos – e o mais humilde não costuma receber atenção. Está sempre pronto para elogiar o chefe, mesmo que sutilmente, e extrai dessa prática a segurança que precisa para continuar empregado.
Nada de fazer igual para ganhar pontos! “Um chefe com vivência maior consegue perceber que está sendo bajulado”, diz Juliana Saldanha. Portanto, ninguém perde pontos para o puxa-saco. Existem pessoas solícitas naturalmente, sem forçar a situação. “Não se iguale nem seja ingênua”, recomenda a consultora.

5. OVERSHARING
"Alguém tem remédio para prisão de ventre?"
Ela (ou ele) fica falando de coisas que ninguém realmente quer saber – e normalmente num tom de voz que os obriga a isso. Usa o telefone da empresa para discutir com a madrinha, com o atendente da TV a cabo ou com a amiga que insiste em ficar com aquele cara que não a merece.
Se você der a mínima corda, a “oversharing” vai explicar seus problemas em detalhes, sem perceber que você está olhando para o outro lado. No limite, entram em assuntos constrangedores – escatológicos, sexuais, patológicos. “Ambiente corporativo não é consultório sentimental. Mas as pessoas só falam muito porque alguém escuta”, diz Saldanha. Com medo de passar por chato, quem ouve as histórias excessivas nem sempre consegue sinalizar que aquilo invade a liberdade do seu ouvido. A dica é cortar o assunto e não fazer comentários que vão aumentar o diálogo.


6. CARREIRISTA ESPERTINHO
Está no jogo para ganhar. Ser bem sucedido é quase uma obsessão. Fala o que os chefes gostam de ouvir e não pensa duas vezes ao passar a perna em alguém. Costuma ser competente em suas funções, mas extremamente desleal com os colegas.
A dica aqui é simples: nunca compartilhe ideias e projetos com ele, por mais bacana que possa parecer na mesa de bar. Ele vai roubar seus
insights, não duvide disso. Se apegue aos assuntos genéricos, c7. somente sobre o tempo, o programa de TV, o futebol...

7. ULTRASEXY
Ela “dá mole” para os caras, mas se faz de sonsa e desentendida se algum deles reage. No escritório, todo mundo percebe a paquera com o colega: risadinhas, brincadeiras de mão e outras práticas irritantes dominam o ambiente. Tem certeza que é a garota mais desejada da empresa, e tenta tirar algum benefício disso.
“Provavelmente ela não acredita na sua competência profissional. É preciso que a equipe seja assertiva para mostrar que não gosta daquilo”, recomenda Juliana. E evite qualquer elogio à maquiagem ou roupas que possa inflar ainda mais esse ego.

8. GALÃ OFICIAL
Ele não anda pelo corredor, desfila. Não cumprimenta as colegas, joga beijos e piscadinhas. Conta vantagens na hora do almoço para os outros homens e, muitas vezes, mente descaradamente sobre “aquela gata da academia” que nunca existiu.
“Não fique achando que você é a rainha da cocada preta só porque o cara fez uma brincadeira”, diz a psicóloga. Geralmente não é pessoal, esse tipo tende a repetir as gracinhas com todas as outras meninas do andar. Mas se ele extrapolar ou passar dos limites, então expresse seu sentimento com clareza, mas de forma suave. Não é preciso brigar com o garotão bobo e ficar marcada no andar pela sua agressividade.
9. MATRACA SOLTA

Ela não para de falar e tende a ser inconveniente. Faz comentários (geralmente dispensáveis) sobre tudo e atrapalha a concentração dos colegas que querem trabalhar. Em reuniões, os chefes chamam sua atenção por estabelecer conversas paralelas.
Não entre no enredo que a pessoa está contando. Deixe que ela fale (quase) sozinha e mantenha os olhos na tela do computador ou folha do caderno. Dessa forma, ficará claro que você não está disponível e o assunto acaba mais facilmente. “Aos poucos as conversas vão diminuindo”, aposta Juliana.
10. PIADISTA SEM GRAÇA

Não fez curso de palhaço, mas quer sempre ser o mais divertido. Tenta copiar o colega engraçado de verdade, que tem timing e boas sacadas, mas nunca consegue. O problema? Ele continua insistindo e torrando a paciência dos colegas com suas piadas tolas.
A principal lição é parar de dar risadas forçadas. O sorriso, mesmo amarelo, prolonga o constrangimento coletivo e dá corda para o falso comediante continuar seu show. “A comunicação envolve as duas pessoas. Se o cara está vendo algum sinal de espaço ali, então vai falar mesmo”, aponta Juliana Saldanha.












sábado, 16 de junho de 2012

O PODER DO TOQUE: EMOÇÕES COMPLEXAS SÃO DESENCADEADAS PELO CONTATO FÍSICO!

A forma com que um casal se toca revela mais do que afeição!

Pesquisadores descobriram evidências experimentais de que um toque pode significar mil palavras. Ou seja, um rápido contato físico pode expressar emoções - de modo silencioso, sutil e inequívoco. Cientistas liderados por Matthew J. Hertenstein, professor associado de psicologia da Universidade DePauw, recrutaram 248 alunos, que tocariam ou seriam tocados por um parceiro que já conheciam anteriormente tentando comunicar uma emoção específica: raiva, medo, felicidade, tristeza, repulsa, amor, gratidão ou compaixão.adores descobriram evidências experimentais de que um toque pode significar mil palavras. Fís



Depois de algum tempo de convivência, muitos casais desenvolvem uma linguagem própria, que vai além dos apelidos carinhosos e constrangedores, das palavras e até mesmo do olhar – eles passam a se comunicar pelo toque.

Cientistas descobriram que casais conseguem se comunicar melhor do que estranhos através do toque, e transmitindo sentimentos alheios à afeição que sentem um pelo outro, como inveja e orgulho.

No estudo, os pesquisadores analisaram como 12 sentimentos seriam transmitidos através do toque, desde tristeza à gratidão e simpatia. 30 casais, com idades entre 18 e 54 anos, participaram do experimento. Em média, eles estavam juntos por cerca de dois anos.

Os casais sentavam um em frente ao outro, com uma cortina escura entre eles. Um membro do casal (chamado de decodificador) colocava o braço do outro lado da cortina enquanto seu parceiro tentava transmitir emoções apenas pelo toque.

Depois os casais eram trocados, e estranhos tentavam transmitir emoções um para o outro.

Apesar de ser óbvio que os casais conseguiriam transmitir melhor suas emoções, pela experiência que eles possuem juntos, os cientistas se surpreenderam com a habilidade deles transmitirem emoções como “inveja” e “orgulho”, que são complexas, apenas com um toque.

Agora os cientistas querem analisar se outros tipos de relacionamento, como o elo entre os pais e o filho ou então entre irmãos também produzem a mesma intimidade em relação ao toque ou se isso é uma exclusividade de relacionamentos amorosos.

OBSERVAÇÕES

Do tato parecem derivar todos os outros quatro principais sentidos humanos. O que são visão, audição, paladar e olfato se não uma especialização do sentido do maior órgão do corpo, o primeiro a surgir na marcha evolutiva?2

Um grande número de informação, na forma de vibrações, alterações térmicas e outras mais podem efetivamente ser captadas por esse receptor ancestral, muitas vezes de forma inconsciente, talvez explicando algumas das anomalias sensoriais que muitos acusam sentir desde os primórdios da história.

Se não temos conhecimento suficiente para confirmar quais são suas causas, também não temos para descartar sumariamente sua existência, atribuído-as, de forma simplória, a perturbações emocionais ou mentais de todos aqueles que a alegam. Defendemos que apenas pesquisas diligentes e amadurecidas pode jogar luz sobre o assunto.

terça-feira, 12 de junho de 2012

EXCLUSIVO! ENTENDA O AMOR, SEUS TIPOS E SUA DIFERENÇA DA PAIXÃO..


Todos sabemos o que é o amor, não sendo, no entanto, possível defini-lo por palavras… Mas afinal o que será este sentimento (se o for) que nos torna parcialmente dependentes das pessoas que nos são mais próximas (e que amamos), ao ponto de, ao estarmos longe delas, nos tornemos altamente infelizes e angustiosos?

Robert Stenberg, psicólogo norte-americano, formulou uma teoria segundo a qual o amor englobaria três componentes distintas: a intimidade, a paixão e o compromisso. No que toca à intimidade, de carácter mais emocional, estamos perante uma relação de confiança mútua que inclui a proteção e a necessidade de estarmos perto do outro. É através da intimidade que duas pessoas compartilham as suas experiências pessoais e o que mais íntimo há de si. A paixão, que se baseia essencialmente na atração sexual, envolve um sentimento irreprimível de estar com o outro. Por sua vez, o compromisso é a expectativa de que o relacionamento dure para sempre, numa intenção de comprometimento mútuo.

Na Psicologia, o amor é definido como sendo, não simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado psicológico qualitativamente diferente. Isto porque, "ao contrário do gostar, o amor inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa."

Psicologismos à parte, o que será, entre nós, sabedores do senso-comum, o amor? Será uma mistura entre loucura e paixão que faz focar o nosso pensamento única e exclusivamente na pessoa que amamos? Ou será um sentimento de desejo incontrolável que nos torna incessantemente ansiosos por estar com o outro, numa troca recíproca de carinho, afeto, confidências, palavras e olhares? De fato, o amor pode ser uma conjugação de todos estes aspectos, em que nenhum é dispensável mas todos são imprescindíveis.

Numa tentativa de simplificar a definição de Amor, os psicólogos sociais recorreram à definição de seis diferentes formas de amar. São elas seis: o amor romântico (envolve paixão, unidade e atracção sexual mais usual na adolescência), o amor possessivo (determinado pelo ciúme, provocando emoções extremas), o cooperativo (que nasce geralmente de uma amizade anterior, sendo alimentado por hábitos e interesses comuns), o amor pragmático (característico de pessoas ensinadas a reprimir os seus sentimentos o mais possível, sendo estas relações desprovidas de qualquer manifestação de carinho), o lúdico (que se baseia na conquista e na procura de emoções passageiras) e o amor altruísta (praticado por pessoas dispostas a anular-se perante o outro, tendendo a "isolar-se num mundo onde, na sua imaginação, só cabem os dois ainda que o outro pense e actue exactamente ao contrário").

Há quem defenda que o amor é uma história construída ao longo da vida que, com o tempo, transpõe a mera atração física, passando para uma preocupação com o bem-estar do outro para o seu próprio bem-estar. Manifesta-se numa influência mútua, no qual a (in) felicidade de um causa a (in) felicidade do outro. A paixão e o desejo tendem a não ser tão intensos, fortalecendo-se antes a cumplicidade, a intimidade e o companheirismo.

Na Psicologia, o amor é definido como sendo, não simplesmente o gostar em maior quantidade, mas sim um estado psicológico qualitativamente diferente. Isto porque, "ao contrário do gostar, o amor inclui elementos de paixão, proximidade, fascinação, exclusividade, desejo sexual e uma preocupação intensa."

Psicologismos à parte, o que será, entre nós, sabedores do senso-comum, o amor? Será uma mistura entre loucura e paixão que faz focar o nosso pensamento única e exclusivamente na pessoa que amamos? Ou será um sentimento de desejo incontrolável que nos torna incessantemente ansiosos por estar com o outro, numa troca recíproca de carinho, afecto, confidências, palavras e olhares? De fato, o amor pode ser uma conjugação de todos estes aspectos, em que nenhum é dispensável mas todos são imprescindíveis.