A ciência revela que os sentimentos amorosos podem levar à inibição
da atividade de várias áreas do cérebro ligadas à capacidade e ao pensamento
crítico, suprimindo a atividade neurológica relacionada com a avaliação
social crítica dos outros, e também as emoções negativas. Este fato acaba,
curiosamente, por fazer jus ao ditado popular que afirma que "o amor é
cego." De fato, este estado leva a uma alteração da nossa capacidade
cognitiva: tendemos a idealizar o parceiro, exagerando nas suas qualidades e
rejeitando todo o tipo de indícios menos positivos que dele possam surgir.
Ainda no mesmo estudo, outro aspecto que terá impressionado os investigadores
foi o fato de, ao analisarem a atividade cerebral de 20 jovens mães ao
verem as fotos dos seus filhos, de crianças que conheciam e de amigos
adultos, terem verificado que, tal como nos padrões de atividade cerebral
registados num estudo relativo aos efeitos do amor romântico, ocorre uma
redução dos níveis de actividade nos sistemas necessários para fazer
julgamentos negativos.
Apesar de todos estes dados, imprescindíveis para o
conhecimento do amor, qualquer definição que nos seja apresentada nunca nos
satisfaz completamente. Sentimos que existe sempre mais alguma coisa e é esse
mesmo mistério que torna a definição do amor subjectiva e, por isso,
controversa e não consensual. Até porque, se tal fosse possível, a magia
envolta em torno desse elemento fundamental da vida de um indivíduo poderia
desaparecer, perdendo assim parte de todo o seu significado…
"Alguns
dos obstáculos a amar: a nossa agenda pessoal ou motivações, expectativas,
necessidades e desejos. Temos que ter cuidado para que no amor não estejamos a
procurar a nossa pessoa, uma réplica, um clone; ninguém pode ser exactamente
como nós. O amor pode ajudar-nos a descobrir as nossas diferenças.
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